Lucas Brunno nasceu no inverno de 92, é antropólogo formado pela Universidade Federal Fluminense, licenciando em Filosofia pela Universidade Católica de Brasília e Mestrando em Estudos Contemporâneos das Artes na UFF. Participou dos espetáculos “Eu Sou Eu Porque Meu Cachorrinho Me Conhece”, “Amor Não Recomendado” e “Fala Comigo! Uma autoficção de todo mundo”, todos com direção e dramaturgia de Martha Ribeiro. Assinou a dramaturgia de “Esta é uma carta de amor para um pesadelo”, do Teatro do Olho, onde trabalha como dramaturgo e performer. Compôs o elenco de “Bacantes de Todos os Ralos”, do Serragem Núcleo de Investigação Cênica e “Tudo Que Nos Resta”, vinculado a ONG Ecoa de Teatro Social. Participou do workshop de dramaturgia “Desordem dos Sentimentos”, com a atriz, dramaturga e encenadora Carolina Bianchi e mantém um amplo diálogo com o dançarino, performer e encenador português Miguel Bonneville. Seu último trabalho originou-se de uma residência artística com o Coletivo Dupla de Três, onde performou no filme-performance “Colisões: cada passo uma presença”. Sua formação conta também com diversos cursos livres de teatro e performance, com companhias teatrais como a Companhia Ensaio Aberto, a Armazém Companhia de Teatro, o Estúdio Lusco-Fusco e etc. Sua pesquisa debruça-se sobre corpo e palavra, partindo dos conceitos-chave do pensamento do filósofo e escritor Georges Bataille, seus contemporâneos e o pensamento filosófico/antropológico francófono. Tendo Bataille como guia-mestre de seu fazer artístico, o artista tensiona questões sobre transgressão, violência, morte, erotismo, melancolia, dissolução do corpo racional, etc, nas dramaturgias que desenvolve. Seus textos criam-se a partir do método que denominou de “canibalismo em textualidades”, onde apropria-se de textos de autores que tem como referência para que, junto de sua própria voz, criarem-se possibilidades outras de tessituras do texto dramático. Dentro de sua escavação artística há uma busca pela “questão da cabeça”, onde o mesmo investiga práticas de deformações visuais do rosto, mascaramento e ocultação da face, visando romper com a hegemonia racional ocidental. Sua pesquisa escorre também para performances, fotoperformances e colagens digitais, buscando assim a criação de um “universo de coisas artísticas” que se ambienta sempre em um “mesmo lugar”. Atualmente Lucas Brunno desenvolve o livro “Dramaturgias do Mal: trilogia da criação”, com o apoio do Prêmio Erika Ferreira da cidade de Niterói.
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